CONSTRUCTED LANDSCAPE: PAISAGEM CONSTRUÍDA

Ana Durães and Luiz Dolino have transformed the concept of landscape into a graphic diary of memories—a mental notebook that have exibited in Madrid, Buenos Aires, São Paulo, and now Lisbon.

PAISAGEM CONSTRUÍDA

Exposição de Ana Durães e Luiz Dolino

Inaugura a 7 de Dezembro

A exposição PAISAGEM CONSTRUÍDA marca o encontro em Lisboa de dois artistas que se têm cruzado em diálogo assíduo nos últimos tempos, com exposições conjuntas em Madrid, Buenos Aires, São Paulo e agora em Lisboa.

Ana Durães, nascida em Diamantina, Minas Gerais e Luiz Dolino, natural de Macaé, Rio de Janeiro, são ambos artistas com carreiras sólidas e viajadas. Os itinerários, as mudanças, os diferentes olhares que ambos foram experienciando levou-os a que a ideia de paisagem se tornasse um diário gráfico de memoria, um caderno mental de cores e formas.

Dolino apresenta regularmente o seu trabalho há mais de meio século em museus e galerias no Brasil e no estrangeiro, tendo mostrado a sua obra em mais de 40 países.

Ana Durães atravessa constantemente o Atlântico para viver cerca de meio ano em Lisboa e a outra metade entre o Rio, Minas Gerais e Petrópolis.

Em constante movimento, as paisagens e os artistas vão-se fundindo, fazendo nascer novas formas e cores, paletas botânicas que brotam para surpresa geral. São assim estas paisagens de geração espontânea, entre rios e avenidas, montanhas e museus, oceanos e cafés.

Luis Dolino desde cedo abraçou a expressão geométrica. É através dela que o artista constrói, comunica, aponta, sublinha e reflete. A pintura, geométrica na sua forma, e que poderemos ligar ao Movimento Concretista, parte de outras reflexões, matemáticas, musicais e poéticas e assim, no momento do estúdio, materializam-se em planos de cor e forma. O ponto torna-se linha, paisagem, poema e filme. Torna-se pintura. Por seu lado, Ana Durães trabalha imersa na natureza, fala com as plantas, é acarinhada pelos bichos e tem o estranho poder de chamar os pássaros que vêm comer na sua mão. Ana pinta como respira. A sua paleta é a paleta da natureza que a rodeia. A pintura que produz vem de dentro, do ponto onde tudo nasce, onde os riachos e as arvores são criadas. A mesma origem, a mesma fonte. Ana e Luiz, uma história feita de caminhos, uns empoeirados e irregulares, outros seguros e cosmopolitas.

Esta exposição que apresentamos em Lisboa é mais uma breve paragem neste caminho comum.