LOST EMPIRES | Nuno Perestrelo: Photography Exhibition

Uma viagem solitária planeada para descobrir quatro dos maiores ícones industriais da história recente de Portugal, hoje transformados em áreas arqueológicas que se desintegram pedaço a pedaço.

Estas são empresas que tocaram a vida diária de quase 30.000 pessoas no seu apogeu. Muitos deles migraram das terras agrícolas da província e encontraram uma vida diferente ao virem trabalhar nas novas indústrias.

A Lisnave (construção naval), a Companhia União Fabril (química), a Mundet (fabrico de cortiça), a Siderurgia Nacional e o seu alto-forno (siderúrgica) tornaram-se não só empresas, mas pequenos impérios e mudaram profundamente a dinâmica da economia portuguesa no seu conjunto.

Estão todas localizadas a sul de Lisboa, junto ao rio Tejo, cujo rápido acesso ao porto da capital e ao oceano Atlântico foi visto por estas grandes indústrias, agora fotografadas, como um ponto estratégico a ser localizado.

Isso não foi uma coincidência. Tinha sido um ponto estratégico desde o século XV, quando os marinheiros portugueses entraram nas caravelas e embarcaram neste mesmo rio para iniciar várias viagens por todos os oceanos que iriam mudar completamente a nossa perceção do mundo.